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DIALOGUS assina documento conjunto de reivindicações a Candidatos à Reitoria da UFG

Documento foi apresentado aos candidatos Orlando e Manoel e contém demanda dos grupos de pesquisa da UFG.

Um documento contendo demandas e reivindicações coletivas dos Grupos de Pesquisa e Ativismos da Universidade Federal de Goiás vinculados à discussão de temas relativos à diversidade, gênero e segmentos socialmente discriminados foi entregue aos candidatos à Reitoria da UFG, Orlando e Manoel. Por iniciativa do grupo Ser-Tão, o documento foi elaborado com o objetivo de  garantir a promoção de ações afirmativas e políticas acadêmico-administrativas que garantam a ampla discussão sobre os temas e o respeito à diversidade e à diminuição do preconceito no âmbito da comunidade acadêmica. O grupo Dialogus assina também esse documento e contribuiu na sua elaboração ao reivindicar a  inclusão dos campi do interior nas ações a serem implementadas pela nova reitoria.

Confira abaixo o texto integral do documento:

REIVINDICAÇÕES CONJUNTAS DE GRUPOS DE PESQUISA E ATIVISMO – VINCULADOS A SEGMENTOS SOCIAIS DISCRIMINADOS – À CANDIDATURA ORLANDO-MANOEL AO REITORADO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG) / 2014-2017

Em observância às propostas iniciais apresentadas pelos Professores Orlando Amaral e Manoel Chaves, candidatos à Reitoria da “Chapa Orlando e Manoel - 2014/2017”, particularmente no que diz respeito aos temas garantia do direito à diversidade, promoção da pluralidade de idéias, ampliação das ações afirmativas e defesa de política universitária comprometida com a superação das desigualdades e com o respeito às diferenças, no âmbito interno da UFG e da sociedade brasileira, apresentamos as seguintes reivindicações:   

  • Criação de órgão acadêmico/administrativo, vinculado diretamente ao Gabinete do Reitor, responsável pela formulação/implementação/monitora-mento/avaliação de ações afirmativas na UFG, bem como de ações voltadas à garantia da cidadania e direitos humanos de pessoas pobres, negras, quilombolas, indígenas, deficientes, obesas, LGBT, idosas, estrangeiras, entre outras integrantes de grupos socialmente discriminados;
  • Construção, em cada campus da UFG, de edificação destinada a abrigar os núcleos de pesquisa e grupos de ativismo com áreas de investigação científica e atuação política relacionadas à garantia e direitos humanos dos grupos mencionados no item anterior, bem como Espaço de Convivência, destinado à comunidade acadêmica e à sociedade em geral, que promova os ideais de respeito à diversidade e à pluralidade;
  • Apoio à criação do “Observatório da Diferença UFG inclui”, constituído por professores/as, técnico-administrativos/as e estudantes vinculados/as a grupos de pesquisa e/ou ativismo com área de investigação acadêmica e atuação política relacionadas à garantia e direitos humanos dos grupos mencionados no item anterior;
  • Ampliação do conjunto de ações afirmativas relativas ao ingresso, acolhimento e permanência nos cursos de graduação da UFG para estudantes deficientes e, nos cursos de pós-graduação, para estudantes pobres, negros, quilombolas, indígenas e deficientes;
  • Formulação de diretrizes relativas à prevenção e punição de agressões discriminatórias baseadas em preconceitos de raça/cor/etnia, classe social, deficiência, idade, origem nacional e regional, gênero, sexualidade e quaisquer outras formas de preconceito, com definição de instância para recebimento de denúncias e implementação de eventuais sanções;
  • Inserção dos temas do respeito à diversidade de gênero, sexual, raça/cor/etnia, classe social, idade, origem nacional e deficiência, entre outros atributos identitários, no curso de formação de docentes e técnico-administativos/as da UFG, na política de acolhimento de estudantes intercambistas brasileiros e estrangeiros e em disciplinas obrigatórias e optativas dos cursos de graduação, com atenção particular às licenciaturas haja vista o impacto e a importância desses temas na formação de professoras/es
  • Regulamentação do uso de nome social por travestis e transexuais, desde a inscrição no vestibular até a formatura, e implementação de ações de apoio à sua permanência na universidade;
  • Intervenção institucional nas calouradas e no Inter-UFG, por meio de ações de combate a práticas discriminatórias baseadas em preconceitos de gênero, sexualidade, raça, etnia, classe social, corporalidade, origem geográfica, entre outros;
  • Promoção de atividades de inclusão de estudantes indígenas e quilombolas na vida universitária em geral;
  • Estímulo à utilização de linguagem inclusiva de gênero (contra o masculino genérico) nos documentos oficiais dirigidos à comunidade acadêmica e à sociedade em geral, de maneira a evitar a invisibilização das mulheres na produção do conhecimento e na vida universitária.

Assinam este documento:

  • Colcha de Retalhos – a UFG saindo do armário (UFG/Campus Goiânia)
  • Coletiva Feminista (UFG/Campus Goiânia)
  • Coletivo de Estudantes Negras e Negros Beatriz Nascimento – CANBENAS (UFG/Campus Goiânia)
  • Coletivo Negro do Instituto de Química - Laboratório de Pesquisas em Educação Química e Inclusão – LPEQI (UFRG/Campus Goiânia)
  • Comissão da Faculdade de Ciências Sociais de Avaliação do UFG Inclui (UFG/Campus Goiânia)
  • DIALOGUS - Estudos Interdisciplinares em Gênero, Cultura e Trabalho (UFG/Campus Catalão)
  • Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero da Faculdade de História - GEPEG-FH (UFG/Campus Goiânia)
  • Grupo de Estudos Pós-Estruturalistas e Práticas Identitárias (UFG/Campus Goiânia)
  • IMPEJ - Núcleo de Pesquisa em Etnologia Indígena (UFG/Campus Goiânia)
  • Laboratório de Estudos de Gênero, Étnico-Raciais e Espacialidades – LaGENTE (UFG/Campus Goiânia)
  • NEPPEIN - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Práticas Educativas e Inclusão (UFG/Campus Catalão)
  • NEPIE - Núcleo de Estudos e Pesquisa Infância e Educação (UFG/Campus Catalão)
  • Núcleo de Acessibilidade da UFG   
  • Núcleo de Estudos da Violência e da Criminalidade – NECRIVI (UFG/Campus Goiânia)
  • Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Direitos Humanos - NDH/PRPPG (UFG/Campus Goiânia)
  • Pindoba: Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Jornalismo e Diferença (UFG/Campus Goiânia)
  • Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos - PPGIDH/PRPPG (UFG/Campus Goiânia)
  • Ser-Tão, Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade (UFG/Campus Goiânia)
  • Profª Aline Nicolino (Labphysis/FEF)
  • Profª Ana Carolina Coelho (GEPEG /FH)
  • Prof. Camilo Braz (Ser-Tão/FCS)
  • Prof. Dijaci David de Oliveira (FCS)
  • Profaª Izabela Tamaso (FCS)
  • Prof. Thiago Sant'Anna (Campus Goiás)

(Fonte: Ser-Tão: www.sertao.ufg.br/pages/46706)

 

Fonte: Dialogus